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Os 10 Principais Países Produtores de Café na Linha do Equador
Tudo sobre as principais nações do Cinturão do Café, e como os seus cafés diferem.
Quais países produtores de café são os seus principais fornecedores?
Os cafeeiros precisam de certas condições climáticas para crescerem, pois são muito sensíveis, e até as mudanças climáticas já deixaram seu impacto neles. Na verdade, as condições perfeitas para o cultivo do café existem apenas próximo à linha do Equador. Esta zona é freqüentemente conhecida como Cinturão do Café.
Hoje, vou apresentar a vocês os 10 principais países produtores de café na linha do Equador, e explicar como os seus cafés podem ser tão diferentes uns dos outros.
Vamos nessa!
10º lugar: Guatemala
O café Guatemalteco é tão diverso quanto o país. Diferentes microclimas moldam o aroma dos cafés entre as várias regiões. Os cafés da Guatemala crescem principalmente nas encostas das montanhas e nas planícies.
Alguns têm gosto de cacau e caramelo, enquanto outros têm sabores completamente diferentes, como limão, e outros podem ter gosto floral com uma acidez evidente.
Cerca de 100.000 produtores de café trabalham em 270.000 hectares, principalmente em áreas com média de 2 a 3 hectares, trabalhando com variedades de café Arábica, como o Caturra e o Bourbon.
9º lugar: Peru
O 9º lugar entre os países produtores de café pertence ao Peru. Este país da América do Sul com altas montanhas produz 3% do market share mundial. A espécie principal é o Arábica, sendo as variedades Typica, Bourbon e Caturra as mais comuns.
No entanto, uma qualidade garantida é difícil de se conseguir no Peru. A falta de logística e infraestrutura não facilita as coisas para os cafeicultores. O governo está tentando remediar essas deficiências por meio de financiamentos, e está investindo em treinamento e novas áreas de cultivo.
O Peru produz um excelente café em pequenas quantidades, com notas raras terrosas e herbáceas.
8º lugar: México
O café Mexicano ocupa o 8º lugar na lista internacional de países produtores de café. O México produz 3% do mercado mundial, produzindo 90% de café Arábica e 10% de Robusta. A indústria do café como empregadora alimenta mais de 300.000 pessoas.
A maioria dos cafeicultores possui pequenas fazendas de café, que não cobrem mais de 25 hectares de terra.
O Bourbon e o Typica são os tipos de café mais comumente cultivados nesta área que ainda pertence à América do Norte. Os cafés Mexicanos estão cada vez mais procurados no mercado de especialidades. Além disso, as variedades de Arábica, que são em sua maioria lavadas, apresentam um teor agradavelmente baixo de acidez.
7º lugar: Honduras
Com 3% de participação de mercado, Honduras ocupa a 7ª posição entre os países produtores de café. O país produz apenas o café Arábica - principalmente as variedades Pacas e Typica. O café de Honduras também oferece uma grande variedade de sabores.
Alguns cafés são macios e com baixo teor de acidez, com sabores de nozes e caramelo, enquanto outros são ácidos e aromáticos. Os cafeeiros são cultivados à sombra, e não precisam de produtos químicos em seu ambiente natural.
A melhoria da qualidade do café deste país centro-americano é promovida com subsídios do governo, e tenta se posicionar como um forte futuro concorrente no mercado de cafés especiais.
6º lugar: Índia
Na Índia, com cerca de 1.000.000 de pessoas, 250.000 delas são pequenos agricultores que ganham a vida com o café. O café da península, seja o Robusta ou o Arábica, caracteriza-se por um corpo cheio e baixa acidez.
O sabor do grão varia muito dependendo da região. Esses cafeeiros crescem à sombra, rodeados de pimenta, gengibre, cardamomo, nozes, laranja, banana, manga, jaca e baunilha.
Os agricultores usam os processos úmido, seco, semi-seco e de monções: um fenômeno que só existe por lá. As cerejas de café são deliberadamente expostas às monções, o que confere aos grãos de café o seu aroma próprio.
Este café também é conhecido como Monsoon Malabar, e é cultivado no sudoeste do país.
5º lugar: Etiópia
A Etiópia é o berço do café Arábica. Este país no leste da África possui uma vegetação exuberante em altitudes elevadas, e responde por 5% do mercado mundial. A cafeicultura dá trabalho a cerca de 15 milhões de pessoas na Etiópia.
As variedades tradicionais locais são preparadas úmidas ou secas, e inspiram o seu caráter único e versátil: as variedades tradicionais, como a mocha e a gueixa, são elegantes, florais a herbáceas, semelhantes a frutas cítricas e, portanto, algo muito especial entre os cafés do mundo.
A grande diversidade é vista com otimismo em tempos de mudanças climáticas, pois muitas espécies silvestres, que podem ser a chave para a continuidade da existência do café, são consideradas ameaçadas.
O café da Etiópia é processado a seco, o que destaca o seu caráter único: um aroma floral é combinado com uma doçura equilibrada e uma textura agradavelmente leve.
4º lugar: Colômbia
A Colômbia ocupa o quarto lugar entre os países produtores de café. O país sul-americano produz 6% do market share mundial, com tendências de crescimento. Cerca de 2.000.000 de pessoas vivem do café, enquanto 650.000 delas são pequenos proprietários que cultivam de um a dois hectares de terra e a usam para ganhar a vida.
Muitas variedades de Arábica são cultivadas em diferentes áreas de cultivo. O Typica, o Bourbon, o Tabi, o Caturra, o Colombia, o Maragopie e o Castillo dão ao café da Colômbia de suas respectivas regiões uma enorme abundância de notas de nozes, chocolate, floral, e frutado a uma doçura tropical.
3º lugar: Indonésia
O café da Indonésia inclui os cafés de Sulawesi e Sumatra, e ocupa o 3º lugar na lista do ranking entre os 10 maiores produtores de café. Juntas, essas regiões representam 7% do market share mundial.
O café Indonésio tem um perfil de paladar extremamente amplo. Isso corresponde especialmente ao café Arábica de Sulawesi, onde 95% de café Arábica e 5% de Robusta são cultivados, impressionando os seus consumidores com notas de frutas vermelhas, toranja, nozes e especiarias. É também encorpado, com baixa acidez e textura densa.
2º lugar: Vietnã
Com uma participação de mercado mundial de 14%, o Vietnã cultiva café desde 1857, e subiu para o segundo lugar, mas apenas em termos de quantidade de café produzido - infelizmente não em termos de qualidade de produto.
O Vietnã cultiva 95% de Robusta e apenas 5% de café Arábica. Os grãos Robusta são freqüentemente exportados e usados para produzir café instantâneo.
Na costa norte do Vietnã, as montanhas protegem contra o vento das monções. É neste lugar que florescem os 5% de café Arábica do país, e os grãos têm perfil de sabor doce e de nozes, o que prova que o café Vietnamita pode ser de ótima qualidade.
1º lugar: Brasil
O Brasil lidera a lista dos 10 maiores produtores de café, com uma participação de mercado mundial de 35%. O maior produtor de café do mundo cultiva 80% de Arábica e 20% de Robusta.
Cerca de 300.000 fazendas, de pequeno a grande porte, produzem café Arábica processado a seco, semi-seco, semi-úmido e úmido, e cultivam diferentes variedades, como o Mundo Novo, o Icatu, o Catuaí, o Acaia e o Bourbon.
Tradicionalmente, os cafés Brasileiros têm um sabor muito achocolatado e de nozes. O espectro varia do chocolate ao leite e avelã, ao chocolate amargo e Castanha-do-Pará.
Considerações Finais
É incrível ver que os 10 principais países produtores de café ao longo da linha do Equador abrangem quatro continentes diferentes. Cada um desses locais tem as suas próprias condições climáticas e características de biodiversidade distintas.
Um clima equilibrado, com temperaturas que não sofrem flutuações extremas, as chuvas abundantes, um solo rico em nutrientes, e a proteção do sol são tão importantes para os cafeeiros quanto a localização geográfica.
Na verdade, temos o privilégio de poder experimentar cafés de tantas origens diferentes com características únicas. E não podemos nos esquecer que, para muitos, o café é de onde sai o sustento. Devemos ter isso em mente, principalmente, enquanto enfrentamos as mudanças climáticas.
Sobre o Autor
I'm Tassia, a 37 y/o Brazilian content writer and communicator, always ready to deliver great information about coffee, sustainability, and science in both English and Portuguese - but not before I grab my cup of coffee!